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Incidentes em produção: falhas custam milhões às empresas

Incidentes em produção: falhas custam milhões às empresas

Empresas brasileiras enfrentam prejuízos milionários devido a incidentes em produção. Uma pesquisa recente aponta que falhas silenciosas nos sistemas digitais impactam diretamente a receita e paralisam operações. O estudo revela que o custo médio de inatividade em sistemas críticos varia entre US$ 5.600 e US$ 9.000 por minuto, podendo ultrapassar US$ 300 mil por hora em setores como e-commerce e fintechs.

O efeito dominó dos incidentes

William de Paiva Bella, especialista em modernização de sistemas críticos, destaca que o impacto mais significativo não está no tempo de inatividade, mas sim no efeito cascata que cada falha provoca nas organizações.

Um bug em produção não custa apenas o tempo de resolução. Ele desvia toda a equipe de engenharia, atrasa entregas, gera retrabalho, desgasta o time de suporte e corrói a confiança do cliente. O custo real é de cinco a 10 vezes maior do que o cálculo direto de downtime.

— William de Paiva Bella, executivo

Nesse cenário, a confiabilidade dos sistemas se tornou prioridade para os executivos de tecnologia. Empresas que conseguem reduzir o MTTR (Mean Time to Resolution) estão transformando esse indicador em vantagem competitiva.

Estratégias para reduzir o MTTR

De acordo com William de Paiva Bella, as empresas que vêm reduzindo drasticamente seu tempo médio de resolução adotaram uma nova abordagem para lidar com incidentes, desde a detecção até a prevenção. Ele lista cinco estratégias essenciais:

1. Calcular o custo real dos incidentes

A maioria das empresas subestima o problema ao considerar apenas a perda direta. O cálculo deve incluir:

  • Horas desviadas da engenharia
  • Retrabalho em sprints
  • Desgaste do suporte
  • Churn
  • Impacto reputacional

2. Reduzir o intervalo entre detecção e diagnóstico

A fase mais demorada do MTTR é descobrir o que está errado. Sistemas modernos de observabilidade precisam correlacionar logs, métricas e traces para identificar as causas, não apenas os alarmes.

3. Usar IA para automatizar a identificação da causa raiz

Ferramentas de inteligência contextual eliminam horas de navegação entre dashboards e testes de hipóteses, direcionando os engenheiros diretamente para a solução.

4. Adotar runbooks dinâmicos e automatizados

Playbooks que se mantêm atualizados a cada deploy permitem resolver incidentes conhecidos em minutos.

5. Transformar cada incidente em prevenção

A nova fronteira da confiabilidade é evitar que falhas recorram. Incidentes resolvidos devem alimentar testes, alertas preditivos e proteções automáticas.

Resultados da adoção de novas práticas

Empresas que implementaram essas práticas relatam:

  • Quedas expressivas no MTTR
  • Menor desgaste das equipes de plantão
  • Economia operacional de centenas de milhares de dólares
  • Aumento significativo no NPS e na confiança do cliente
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