As festas de Natal e Ano Novo são as datas que mais impactam o consumo no Brasil. Além dos setores tradicionais, como brinquedos e alimentos, esses períodos aquecem significativamente a indústria de brindes corporativos, devido à cultura de presentear e celebrar.
Expectativa de crescimento nas vendas de Natal
Uma pesquisa recente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil revela que 124,3 milhões de pessoas devem ir às compras. A expectativa é alta: 76% dos consumidores pretendem comprar presentes de Natal, com um gasto médio de R$ 174 por unidade, cerca de 30% a mais que em 2023.
Atualmente, o Natal representa de 25% a 30% do faturamento anual do varejo físico. Filhos (58%), mães (46%) e cônjuges (40%) são os principais presenteados. Estima-se que o segmento de gifts movimente cerca de R$ 84,9 bilhões na economia.
Investimento em brindes de maior qualidade
O estudo “Setor Brindeiro no Brasil 2024”, da Associação Internacional de Produtos Promocionais (PPAI), indica que o valor médio dos brindes personalizados tem aumentado, saltando de R$ 14 para R$ 16,20 por unidade em 2024. A tendência é que as empresas invistam em itens de maior qualidade e relevância.
Setores que mais investem em brindes
Bancos, empresas de serviços financeiros, indústria, agronegócio, varejo, tecnologia, serviços B2B e órgãos públicos são os que mais adquirem brindes corporativos nesta época do ano.
Além dos presentes, o e-commerce ganha destaque. Enquanto o Natal está ligado a mimos e recordações, o Réveillon se concentra no consumo de serviços e experiências, como turismo e lazer.
Emoção e experiência: o foco das datas
Enquanto o Natal foca na emoção, com presentes e promoções, o Réveillon atua nas experiências e celebrações. Os brindes corporativos, por sua vez, se direcionam à utilidade, personalização e sustentabilidade.
Especialistas em marketing defendem que as empresas coordenam essas três áreas para criar um ciclo completo de relacionamento: cativar clientes no Natal, celebrar com eles no Ano Novo e fortalecer os laços com presentes corporativos. Além disso, o mercado de brindes corporativos é um eficiente instrumento de marketing de relacionamento.
O Natal é a comemoração mais forte no imaginário brasileiro, com rituais como dar presentes, realizar a ceia e fazer uma bela decoração, que ficam marcados na memória das pessoas. — Ana Lence, sócia fundadora da AF Brindes e Criações
Planejamento antecipado é essencial
O pico emocional e comercial do ano são as festas natalinas. Por essa razão, a publicidade e a promoção comercial das marcas trabalham com campanhas emocionais, nostálgicas, de gratidão e empatia. Empresas que encomendam brindes com antecedência conseguem reduzir custos e ter mais variedade de opções.
As estratégias com brindes corporativos são vastas e com inúmeros objetivos, como segmentação para clientes VIP, parceiros estratégicos ou colaboradores internos.
A regra dos 3 “U’s” para escolher o brinde ideal
Para auxiliar na escolha, profissionais do mercado indicam a Regra dos 3 “U’s”:
- Utilidade: O brinde é útil no dia a dia?
- Unidade (do público): É relevante para a maioria do público-alvo?
- Unforgettable (Inesquecível): Gera impacto favorável e não será descartado rapidamente?
Além disso, os brindes podem ser integrados a campanhas digitais, como QR codes com mensagens personalizadas. A crescente preocupação com a sustentabilidade também impulsiona a procura por itens reciclados, recicláveis, biodegradáveis ou feitos de materiais naturais.
Apesar das novidades, itens de papelaria e artigos tradicionais, como agendas e calendários, ainda são procurados, especialmente por pessoas mais maduras.
Fortalecendo laços e celebrando
Para as empresas, o período de Natal e Réveillon é estratégico para reforçar a marca, reconhecer o valor das pessoas, fortalecer parcerias e estreitar laços. É um momento de comemoração, emoções positivas e movimentação da economia. Por fim, a indústria de gifts se beneficia desse clima, evoluindo com produtos customizados, sustentáveis e de alta qualidade, alinhados às tendências de bem-estar, tecnologia e experiências.
O Natal e o Réveillon concentram emoções, consumo e expectativas, e a indústria de lembranças participa ativamente dessas transformações.






