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Vacinação e combate à desinformação: o papel dos especialistas

Vacinação e combate à desinformação: o papel dos especialistas

A força das vacinas é inegável, desempenhando um papel crucial em todas as fases da vida. Manter o calendário de vacinação atualizado na idade adulta é tão importante quanto no início da vida, com destaque para as vacinas dTpa (difteria, tétano e coqueluche), influenza, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e hepatite B.

Herpes-zóster: vacinação é recomendada após os 50 anos

Além disso, a vacina contra herpes-zóster, recomendada para pessoas a partir dos 50 anos e para adultos imunocomprometidos a partir dos 18 anos, ganha relevância. Ela previne a reativação do vírus e reduz o risco de complicações, como a neuralgia pós-herpética. O impacto das vacinas é comprovado: segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, a mortalidade por hepatites caiu nos últimos dez anos, e no caso da hepatite B, a redução foi de 50% do coeficiente de mortalidade.

Em contrapartida, o Brasil enfrenta uma queda significativa na cobertura vacinal, especialmente entre crianças. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, em 2024 foram registrados 48 óbitos de crianças menores de cinco anos por doenças evitáveis, um aumento pelo terceiro ano consecutivo. Em comparação com 2021, quando foram registradas 15 vidas perdidas nessa mesma faixa etária, houve um aumento de 220%. A principal causa foi a coqueluche, uma infecção respiratória que não registrava vítimas infantis fatais no Brasil desde 2021.

Além disso, dados do Observatório de Saúde na Infância mostram que o número de casos da doença entre crianças pequenas aumentou mais de 1.200% em 2024, com pelo menos 2.152 registros em crianças menores de cinco anos, um aumento de 1.353% em relação aos 159 de 2023. Desse total, 665 precisaram ser internadas por causa da doença, e 14 não resistiram.

A importância da vacinação contínua

Esses números servem de alerta, pois a maioria dos casos poderia ser evitada com a vacina pentavalente, aplicada aos 2, 4 e 6 meses segundo o calendário infantil. A queda na adesão à vacinação aumenta a vulnerabilidade da população ao retorno de doenças antes controladas, reforçando a importância de manter a imunização como um hábito contínuo, não apenas na infância.

Desinformação e hesitação vacinal

A queda na cobertura vacinal tem diversas causas, sendo uma das principais nos últimos anos a desconfiança gerada por fake news sobre efeitos adversos e indústrias farmacêuticas. Durante a pandemia de COVID-19, a desinformação se espalhou intensamente pelas redes sociais e aplicativos de mensagens, contribuindo para a hesitação vacinal. Como consequência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o mundo havia entrado em uma outra emergência de saúde pública: a infodemia.

A infodemia consiste à proliferação rápida e disseminada de informações (precisas e imprecisas) sobre um tópico específico, o que dificulta que as pessoas identifiquem a verdade e as fontes confiáveis.

Nesse contexto, as clínicas privadas de vacinação, junto a profissionais de saúde, têm assumido a missão de produzir e divulgar informação qualificada, baseada em evidências científicas e linguagem acessível. A orientação direta, o acolhimento de dúvidas e a oferta de conteúdos educativos ajudam a restaurar a confiança da população e a combater narrativas falsas que dificultam a adesão às vacinas.

A combinação entre informação de qualidade, acesso facilitado e atendimento especializado torna as clínicas privadas aliadas importantes em um momento em que o país busca recuperar índices seguros de imunização. Fortalecer a cultura da vacinação ao longo da vida é uma tarefa coletiva e, ao reforçarem o papel preventivo das vacinas, elas contribuem para reduzir a desinformação e estimular escolhas mais conscientes, além de se tornarem fontes confiáveis e parte essencial do ecossistema de prevenção no país.

Clínicas privadas como pilares da imunização

Em um cenário marcado por desinformação e pelo retorno de doenças antes controladas, como sarampo, hepatites e febre amarela, as clínicas particulares se consolidam como pilares de apoio à imunização e à conscientização em saúde preventiva. Investir em informação e acesso é investir em vidas protegidas, no presente e no futuro.

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