Uma pesquisa do LinkedIn aponta que 94% dos profissionais permaneceriam mais tempo em empresas que investem em desenvolvimento. Além disso, dados da Gallup reforçam esse cenário: organizações que priorizam a capacitação de seus times alcançam até 23% mais lucratividade e conseguem reduzir em 59% os índices de desligamento.
A Visão Estratégica do RH em 2025
Carla Martins, especialista em gestão de pessoas e vice-presidente do SERAC, destaca que, em 2025, o RH passou a lidar com maior pressão, já que tecnologia, bem-estar e cultura organizacional se tornaram demandas centrais dos profissionais. Segundo ela, o setor deve abandonar a visão de área de suporte e assumir um papel estratégico.
Investir em desenvolvimento, tecnologia e bem-estar não é gasto, mas requisito para a sustentabilidade das empresas. Modelos engessados precisam dar lugar a práticas que ampliem engajamento e produtividade, sob o risco de perda de competitividade.
— Carla Martins, vice-presidente do SERAC
Medidas Essenciais para a Gestão de RH
Entre as medidas defendidas pela especialista, destacam-se:
- Estruturar programas de capacitação contínua alinhados às demandas do negócio.
- Integrar ferramentas digitais para seleção e acompanhamento de desempenho.
- Implementar políticas de bem-estar físico e emocional com métricas de impacto.
- Estimular lideranças mais participativas, voltadas à escuta ativa.
- Definir indicadores claros de engajamento e retenção.
- Reforçar a cultura organizacional com rituais e comunicação interna estruturada.
- Estabelecer planos de carreira transparentes, que tragam previsibilidade para o colaborador.
A Importância da Cultura Organizacional
A cultura organizacional é o elemento que sustenta a identidade de uma empresa. Sem o fortalecimento de valores e práticas consistentes, iniciativas de RH tendem a perder eficácia. Para a vice-presidente do SERAC, é preciso adotar mecanismos que mantenham a cultura ativa, mesmo em períodos de expansão.
Quando os programas de desenvolvimento são bem estruturados, os efeitos são claros: menor rotatividade, maior engajamento e ganhos relevantes de produtividade. Estudos indicam que companhias que priorizam aprendizado contínuo alcançam até 23% mais lucratividade em comparação às demais.
— Carla Martins, vice-presidente do SERAC
No entanto, o ponto mais crítico está na mudança de mentalidade. Muitos gestores ainda tratam investimentos em bem-estar e desenvolvimento como despesas. Contudo, os números de retenção e performance mostram que são estratégias decisivas para a sustentabilidade dos negócios.
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