Estudar para concursos públicos exige dedicação, foco e constância. Mas, ao contrário do que se prega, sentir cansaço não é sinal de fracasso. Pelo contrário: pode ser justamente o indicativo de que você está comprometido com o processo. Uma pesquisa da Universidade Médica de Shandong, publicada na revista Frontiers in Psychology, revelou que o estresse acadêmico está diretamente associado ao burnout estudantil, com sintomas como exaustão emocional, baixa realização pessoal e queda de desempenho cognitivo.
Reconhecer o cansaço é o primeiro passo
Karine Waldrich, auditora-fiscal e especialista em neuroeducação e concursos públicos, reforça que o cansaço não deve ser interpretado como fraqueza.
Estudar cansa porque exige esforço cognitivo real. Reconhecer isso é o primeiro passo para criar uma rotina sustentável, que respeite seus limites e mantenha a constância — Karine Waldrich, auditora-fiscal.
Segundo ela, o grande erro de muitos concurseiros é achar que precisam estar motivados o tempo todo ou estudar em ritmo acelerado. Isso leva à frustração, culpa e, muitas vezes, à desistência.
O segredo está em aceitar que na maioria dos dias você não estará em altíssimo desempenho. A constância acontece quando você encara dias ‘mais ou menos’ como parte do processo. Um estudo bem distribuído ao longo da semana, com momentos de descanso real, tem mais impacto do que maratonas improdutivas — Karine Waldrich, auditora-fiscal.
Cronogramas e metas realistas
Uma recomendação importante é o uso de cronogramas com metas diárias de estudo bem definidas, levando-se em conta não a quantidade de horas de estudo que o concurseiro acha ideal, e sim a real, que ele consegue fazer na prática.
Querer fazer a mesma quantidade de horas do coleguinha é o mesmo que querer ir para a academia e segurar o mesmo peso que ele. Não funciona. Cada um tem o seu ideal — Karine Waldrich, auditora-fiscal.
Outra recomendação da especialista é o uso de provas quinzenais, onde o aluno reflete sobre o próprio desempenho, nível de energia e estratégias adotadas.
Isso gera autoconsciência. E uma pessoa consciente do que funciona para ela tende a ser mais constante, mesmo em dias ruins — Karine Waldrich, auditora-fiscal.
Karine reforça que estudar para concursos é uma maratona, não uma corrida de velocidade. E reconhecer a exaustão como parte do processo é uma forma de acolher-se e continuar.
Constância é melhor que intensidade. Estudar cansado faz parte, alto rendimento todos os dias é ilusão — Karine Waldrich, auditora-fiscal.
Se sentir cansaço, portanto, não se desespere. O descanso também faz parte do caminho até a aprovação.
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