Um estudo da CB Insights revelou que startups que não possuem um pitch estruturado têm até 70% menos chances de atrair investimentos. A falta de clareza na comunicação pode comprometer a busca por capital. Além disso, um relatório da Magistral Consulting mostra que apenas 1% dos pitch decks enviados a investidores resultam em aportes efetivos, evidenciando a seletividade do mercado.
A importância da forma na apresentação
Para Marilucia Silva Pertile, cofundadora da Start Growth e mentora de startups SaaS, a fragilidade na busca por investimentos não está na ideia em si, mas na forma como ela é transmitida.
Um pitch mal estruturado pode comprometer até mesmo startups promissoras. O investidor quer ver clareza, domínio dos números e um plano sólido, e tudo isso precisa caber em poucos minutos.
— Marilucia Silva Pertile, cofundadora da Start Growth
A especialista também lembra que menos de 10% dos pitches conseguem causar boa impressão logo no primeiro contato com investidores. Sendo assim, o empreendedor precisa dominar os próprios números e entender para onde quer levar a empresa. A reunião inicial é menos sobre convencer e mais sobre despertar confiança.
Como a preparação prévia se torna um diferencial?
Nesse cenário, a preparação prévia se torna decisiva. O relatório “The Top 12 Reasons Startups Fail”, da CB Insights, mostra que 35% das empresas falham por não conseguirem captar recursos, enquanto 38% encerram atividades por problemas de caixa. Ambos os problemas poderiam ser evitados com um plano de captação mais sólido.
Além disso, não basta ter uma ideia promissora. O mercado premia quem prova valor e demonstra preparo para crescer, completa Marilucia.
Os sete elementos essenciais de um pitch
A solução passa por um planejamento robusto e treino constante da apresentação. De acordo com Marilucia, o pitch é técnica. Quando estruturado, ele abre portas. Quando improvisado, fecha oportunidades.
A especialista lista sete elementos essenciais em uma apresentação, que comprovam a consistência do negócio:
- Proposta de valor: explicar claramente qual problema a startup resolve.
- Tamanho do mercado: mostrar o potencial de crescimento e a relevância da oportunidade.
- Modelo de negócios: indicar como a empresa gera receita de forma sustentável.
- Diferencial competitivo: destacar o que torna a solução única em relação aos concorrentes.
- Métricas e tração: apresentar resultados já alcançados, como clientes, MRR e churn.
- Equipe: evidenciar experiência, complementaridade e comprometimento dos fundadores.
- Uso do investimento: detalhar como os recursos captados serão aplicados para gerar escala.
A verdade é que os investidores têm, em média, menos de quatro minutos para analisar um pitch. Por isso, a clareza é determinante. A preparação começa muito antes da reunião, com métricas sólidas e presença ativa no ecossistema. Captação é relacionamento e técnica, não improviso.
— Marilucia Silva Pertile, cofundadora da Start Growth
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