Quem é pai ou mãe sabe: basta a casa silenciar para que a cabeça se encha de perguntas. Será que meu filho ficará bem na escola? Vai escolher boas amizades? E eu? Vou conseguir protegê-lo de tudo? Essa mistura de expectativa e medo costuma tirar o sono de muitos pais. É justamente nesse momento que o livro O Poder dos Pais que Oram, da especialista em desenvolvimento infantil Ana Laura Almeida, propõe um caminho: trocar a ansiedade por oração prática e diária.
A importância da constância na oração
Almeida afirma que a oração não deve ser tratada como um ‘pneu de estepe’, que só aparece em emergências. Isso significa transformar pequenos momentos em oportunidades de interceder pelos filhos. Pode ser antes de sair de casa, na mesa do jantar ou na hora de colocá-los na cama. O que importa não é a duração, mas a constância do exercício. Dez minutos de oração todos os dias já podem mudar a forma como os pais encaram os desafios.
Além disso, a escritora insiste em outro ponto essencial: palavras são sementes. Frequentemente, sem perceber, os pais colocam rótulos nos filhos que acabam moldando a forma como eles próprios se veem. Quando a oração se torna intencional, ela substitui esses estereótipos por declarações que encorajam.
Substituindo rótulos por declarações de encorajamento
Em vez de “esse menino é difícil”, Ana Laura sugere usar a oração que diz “meu filho é protegido e obediente”, substituição que mudará também a relação familiar.
Como pais, precisamos tomar cuidado com o que dizemos e com a forma como falamos. Nossa boca será um termostato em casa. Se sempre rotularmos nossos filhos, nós os feriremos emocionalmente. De que adianta orar por eles e, depois, amaldiçoá-los com palavras? Rótulos produzem condenação, além de ferir a identidade.
— Ana Laura Almeida, especialista em desenvolvimento infantil.
Superando os inimigos da fé para uma rotina de oração consistente
O livro também aborda os inimigos da fé, como o medo, a incredulidade, o cansaço emocional e a sobrecarga no trabalho, entre outros, que frequentemente levam à desistência da rotina espiritual. Diante disso, a orientação é persistir, como tantos pais e mães da Bíblia que oraram sem ver resultados imediatos, mas não abandonaram o propósito. Para ajudar, a obra traz um manual de orações específicas, que cobre situações do dia a dia na infância: provas escolares, amizades, saúde emocional, e até etapas futuras, como escolhas de carreira e o casamento.
Pais que dedicam alguns minutos diários à oração não estão apenas pedindo proteção, estão influenciando a forma como os filhos encaram a vida. Ao substituir preocupação por intenção e ação concreta, ou palavras negativas por afirmações de esperança, o cuidado se torna constante. Por fim, o resultado, como mostra Ana Laura Almeida, é simples, mas poderoso: filhos seguros, pais mais tranquilos e uma rotina familiar guiada pelo propósito.
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