Cerca de mil pessoas compareceram ao evento S.O.S Bahia – Caminhos para Mudar a Saúde Pública do Nosso Estado, organizado pela Fundação Índigo. O evento, que aconteceu nesta terça-feira (30), no Porto Salvador Eventos, Terminal Marítimo da capital baiana, debateu os problemas crônicos e estruturais que colocam o estado entre as piores posições no ranking nacional. Especialistas da área apresentaram uma série de sugestões que compõem a Carta Compromisso com a Saúde Pública da Bahia.
Carta Compromisso: um plano para a saúde da Bahia
O documento, elaborado com base em um diagnóstico preciso, aborda as principais áreas da saúde na Bahia e propõe uma reestruturação da rede pública estadual. A ideia é promover uma abordagem sistêmica, regionalizada e contínua, com foco na atenção básica, na ampliação da oferta hospitalar e na valorização das equipes de saúde.
A Carta Compromisso foi dividida em eixos estratégicos, que incluem:
- Regulação em Primeiro Lugar;
- Regionalização da Saúde;
- Programa Estadual para Gestão de Risco;
- Oncologia Perto de Casa;
- Centros Regionais de Saúde Mental e Autismo;
- Saúde para Terceira Idade.
Infelizmente, a saúde da Bahia está na UTI. E o objetivo do Fórum S.O.S Bahia é chamar a atenção para a grave crise enfrentada pela saúde no estado, mas também apontar soluções e apresentar experiências bem sucedidas em outras unidades da federação. Sabemos que é possível, sim, implementar uma gestão de resultados, com melhor aplicação de recursos e maior eficiência na prestação de assistência médica ao cidadão.
— ACM Neto, presidente da Fundação Índigo
Críticas e desafios na gestão da saúde
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, que fez a abertura do evento, destacou que dois setores da administração pública estadual apresentam índices alarmantes. Ele também lamentou a situação da saúde no estado.
Seja no interior do estado ou em Salvador, as pesquisas apontam os principais problemas que afligem os baianos. Em primeiro, a Segurança Pública, seguida pela saúde. Nos últimos dias ocorreram fatos e cenas lamentáveis. Quem acompanha o noticiário, vê o desespero das pessoas para conseguir regulação e uma vaga em hospitais.
— Bruno Reis, prefeito de Salvador
A importância da coordenação no SUS
Renilson Rehem, médico e consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS), também participou do S.O.S Bahia. Em sua palestra sobre o papel do Estado no financiamento do SUS, ele alertou para a importância de uma atuação coordenada entre União, estados e municípios.
Por mais recursos que se coloque no SUS, se o sistema não se organizar, não tiver gestão ou articulação para agir de forma integrada, não há regulação que funcione.
— Renilson Rehem, médico e consultor da OMS
Acesse a Carta Compromisso na íntegra clicando aqui.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.