Enquanto eventos internacionais focam em tecnologia, o Brasil se destaca pela conexão emocional com o público. Uma análise do cenário atual revela o que falta para o país se consolidar no topo do live marketing global.
O Cenário Global e o Brasil
Festivais, feiras e megaeventos internacionais impressionam pela grandiosidade, tecnologia de ponta e métricas robustas. No entanto, o Brasil sobressai pela criatividade e capacidade de engajamento, aproximando marcas e público. O setor está em crescimento, com o país se firmando como polo atrativo para produções culturais, esportivas e corporativas.
Com a crescente valorização das experiências presenciais e a integração com soluções digitais, espera-se que o Brasil invista em tecnologias acessíveis, ESG aplicado ao entretenimento e estratégias que fortaleçam a reputação das marcas, tanto no mercado interno quanto no externo.
Nos últimos anos, eventos como o SXSW (South by Southwest) nos EUA, a Expo 2025 Osaka, no Japão, e o Web Summit em Lisboa, Portugal, têm demonstrado como a combinação de sustentabilidade, tecnologia e experiência imersiva é fundamental nas ativações de marca. Empresas investem na experiência do participante em cada detalhe, desde o acesso à ambientação, jornadas digitais integradas, realidade aumentada, dados em tempo real e inclusão de diferentes perfis de público – diferenciais que explicam o nível de excelência alcançado fora do país.
O Potencial Brasileiro
Em solo brasileiro, megaeventos como o Réveillon da Paulista, a feira Agrishow e o Taste Festival mostram que o país é referência em criatividade e conexão emocional com o público. Apesar do período de expansão e crescimento, impulsionado pela valorização das experiências presenciais e pela integração com soluções digitais, ainda existem desafios a serem superados.
Questões estruturais, burocracia, limitações técnicas, custos elevados de produção e instabilidade econômica são alguns dos entraves que o setor enfrenta no Brasil.
A Visão de Especialistas
De acordo com Gustavo Costa, CEO da LGL Case, essa comparação não deve ser vista como um déficit, mas sim como uma oportunidade. “O mercado de live marketing no Brasil é vibrante e cheio de personalidade”, afirma.
Além disso, Costa acredita que o Brasil tem grande potencial para se tornar um protagonista global no segmento, desde que invista em tecnologias acessíveis e iniciativas que ampliem a reputação das marcas no mercado interno e externo, como a mensuração de impacto e o incentivo às práticas sustentáveis. “Dessa forma, poderemos concorrer de igual para igual com os grandes players internacionais”, completa.






