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Rádio gaúcha doa R$ 140 milhões e reconstrói RS, diz Relatório Agert

Rádio gaúcha doa R$ 140 milhões e reconstrói RS, diz Relatório Agert

O Relatório Social Agert 2025, com foco em radiodifusão, destaca a força do setor gaúcho na reconstrução do Rio Grande do Sul. Em 2024, ano marcado pela maior tragédia climática da história do estado, as emissoras de rádio e televisão doaram o equivalente a R$ 140.988.981,59 em mídia.

O levantamento, que teve a participação de 257 emissoras, reafirma o papel social e estratégico da comunicação. A nova edição do relatório tem como tema “Quando a governança encontra a resiliência, a radiodifusão se fortalece”.

O papel da radiodifusão na reconstrução do RS

De acordo com Alessandro Bonamigo Heck, presidente da Agert (Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão do RS), a radiodifusão gaúcha provou ser parte fundamental da estrutura social do estado. “Quando tudo parou, o rádio e a TV permaneceram de pé informando, orientando e unindo”, afirma.

Além disso, Heck ressalta que a solidariedade demonstrada é uma forma de governança, nascida da responsabilidade de quem entende o poder da comunicação.

Myrna Proença, coordenadora geral do Relatório Social Agert, complementa que comunicar é também cuidar. “A cada edição, o rádio e a TV reafirmam que informar é um ato de cidadania, e que a força da radiodifusão está em permanecer ao lado das pessoas, em todos os tempos”, explica.

Proença também destaca que o relatório não é apenas um registro do que foi feito, mas um convite ao que ainda se pode fazer, transformando desafios em oportunidades e solidariedade em legado.

Governança e resiliência como alicerces

O relatório aponta que empresas de comunicação precisam investir em governança e sustentabilidade empresarial. Isso inclui adotar práticas de gestão de riscos, criar comitês internos de sustentabilidade e implementar planos de emergência e continuidade operacional.

Essas práticas, antes mais comuns em grandes corporações, devem agora fazer parte da rotina também das emissoras regionais, que têm papel estratégico na prevenção de crises e no fortalecimento das comunidades onde atuam.

Visão de especialistas em sustentabilidade e governança

Para ampliar a reflexão, a edição 2025 reuniu nomes expoentes em sustentabilidade e governança no Brasil. Miriam Lüttgen, presidente da Sustentalli, reforça que investir em práticas ESG é um diferencial competitivo e social.

“Investir em sustentabilidade e governança não é algo distante, é uma decisão estratégica que gera valor real. Emissoras que estruturam processos ESG ganham credibilidade, reduzem riscos, acessam novos incentivos fiscais e financeiros e ainda fortalecem o vínculo com as comunidades onde atuam”, afirma Lüttgen.

Ricardo Amorim, economista, palestrante e comentarista de economia, destacou o papel da mídia como guardiã da democracia e do desenvolvimento. Ele ressalta que uma sociedade democrática precisa de mídia forte, com informações corretas, acessíveis e confiáveis.

Ricardo Henriques, economista e superintendente executivo do Instituto Unibanco, lembra que a verdadeira resiliência é uma construção coletiva, que se aprende com a adversidade para reconstruir de forma mais justa e sustentável.

Luiz Martha, diretor do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), reforça que transparência e prestação de contas são fundamentos de sobrevivência empresarial. Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), defende que a sustentabilidade deve estar no centro da estratégia empresarial.

Gustavo Tanaka, escritor e empreendedor, encerrou com uma reflexão sobre o poder transformador das crises: “Resiliência tem a ver com prosperar. Toda crise é uma oportunidade de despertar, aprender e evoluir. O que o Rio Grande do Sul viveu é um chamado para reconectarmos com a nossa humanidade”.

Comunicação como eixo de reconstrução

O Relatório Social Agert 2025 reforça que a comunicação é um ativo estratégico para o desenvolvimento sustentável e para a governança pública e privada. Ao unir informação, responsabilidade e solidariedade, rádios e televisões mostraram que a força do setor vai além da audiência: ela está em informar para reconstruir.

Mais do que um retrato das ações sociais do setor, o documento é um convite para que as emissoras adotem práticas de gestão, inovação e engajamento que aumentem sua resiliência frente às transformações climáticas, tecnológicas e sociais.

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