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IA aumenta produtividade de devs, mas exige adaptação

Desenvolvedor usando IA para otimizar código.

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) deixou de ser uma tendência para se tornar parte do dia a dia no setor de tecnologia. Ferramentas como Cursor, Claude Code, Gemini e GitHub Copilot auxiliam desenvolvedores a escrever, revisar e testar código com eficiência. Mas a popularização levanta a questão: como se adaptar a um cenário onde máquinas também programam?

IA como ferramenta, não substituta

Para Felipe Rocha, cofundador da Full Stack Club, escola de formação de desenvolvedores, o debate é sobre adaptação, não substituição. “O profissional que entende inteligência artificial e sabe utilizá-la multiplica seu potencial. Entrega mais rápido, com menos erros e mais clareza técnica. O risco está em ignorar essa nova etapa da profissão”, afirma.

A mudança já é visível no mercado. Com o apoio da IA, tarefas repetitivas, antes de juniores, estão sendo automatizadas. Ao mesmo tempo, ganham destaque profissionais com domínio de lógica de programação e arquitetura de software. “A IA escreve código, mas isso é uma parte do trabalho. O desenvolvedor que pensa criticamente, resolve problemas e compreende o negócio continua indispensável”, complementa Felipe.

Extensão do raciocínio

Na visão de Felipe, a inteligência artificial atua como extensão do raciocínio do programador. Ela não substitui o pensamento humano, mas o potencializa. Hoje, é possível gerar código, realizar testes e criar documentação em segundos, com grande ganho de produtividade, desde que o profissional saiba formular boas instruções e usar as ferramentas de IA.

Para acompanhar essa transformação, desenvolvedores investem em formações que unem técnica e estratégia. Empresas valorizam quem combina conhecimento em programação e IA com habilidades interpessoais, como comunicação e resolução de problemas. “O mercado está migrando do programador que apenas escreve código para o que pensa e arquiteta soluções. A IA é ferramenta, não substituto”, reforça o cofundador do Full Stack Club.

O futuro da programação

A tendência é o surgimento de um perfil híbrido, que entende de código, produto, negócio e experiência do usuário. Nesse cenário, o valor não está em produzir mais linhas de código, mas em resolver problemas de forma criativa e colaborativa.

O futuro da programação é humano e artificial ao mesmo tempo. Quem aprender a unir essas duas forças não apenas continuará relevante, como também liderará a próxima geração do mercado.

— Felipe Rocha, cofundador do Full Stack Club

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