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Varejo e tecnologia: como não ficar para trás?

Varejo e tecnologia: como não ficar para trás?

A tecnologia está transformando diversos aspectos de nossas vidas. Mas e o seu varejo? Será que ele está acompanhando essa evolução ou correndo o risco de ficar para trás?

É surpreendente como muitos executivos do varejo, mesmo sendo consumidores ávidos por tecnologia em seu dia a dia, ainda não reconhecem a importância desse tema para a sustentabilidade de seus negócios. Atualmente, grande parte das discussões executivas gira em torno de preocupações com o cenário macroeconômico, crises políticas e os impactos da inteligência artificial.

A onipresença da IA e o medo de ficar para trás

A cada dia, surgem novas soluções baseadas em inteligência artificial, o que pode gerar uma sensação constante de defasagem. O termo FOMO (Fear of Missing Out, ou medo de perder algo) surgiu com a popularização das redes sociais e descreve esse sentimento que afeta a todos nós. É praticamente impossível acompanhar e aplicar todo o conhecimento que surge a cada momento, o que pode causar ansiedade e até mesmo fobia do novo.

Nesse contexto, é fundamental refletir sobre o porquê de tanta resistência em adotar novas tecnologias, soluções automatizadas e formatos de gestão sistêmica que integrem as inovações ao dia a dia das operações. A questão não parece ser apenas o custo, mas sim uma barreira cultural e cognitiva que impede o desapego das questões de curto prazo, como gestão de categorias, compras, precificação e qualificação de talentos, e a integração com uma visão mais ampla e estratégica, voltada para a sustentabilidade e competitividade futura.

A hipercompetição e a necessidade de adaptação

Ainda estamos nos acostumando a pensar no cliente como um ser estático, mas é crucial entender que, hoje, qualquer opção de compra envolve a oportunidade de adquirir um bem ou serviço de forma mais barata com apenas um clique. Mesmo em regiões do interior do Brasil, onde o frete pode ser um problema, a chegada de grandes varejistas online chineses e seus aplicativos intensificou a hipercompetição pela atenção e pelo bolso do cliente. Os varejistas digitais estão cada vez mais conquistando espaço no mercado.

Como competir com os gigantes globais?

Mas será que é possível para um supermercado ou rede do interior do Brasil competir com os gigantes globais do varejo? A resposta é sim, desde que optem por jogar o jogo em seu próprio campo, aproveitando suas fortalezas, conhecimento e oportunidades únicas de mercado.

A essência do varejo reside na atenção individualizada ao cliente final, algo que a indústria não conseguia fazer até pouco tempo atrás. A gestão atenta da experiência do consumidor e uma proposta de valor eficaz são a chave para a sobrevivência e o crescimento dos varejistas que permanecem ativos no mercado.

Tecnologia como solução, não como custo

Então, por que tantos varejistas ainda não compreendem e aplicam as possibilidades oferecidas pela tecnologia, como hiperpersonalização, segmentações inteligentes, estratégias de relacionamento e fidelização, e meios de pagamento integrados à jornada do cliente? É surpreendente que muitos ainda vejam os investimentos em tecnologia e automação como meros custos, e não como soluções para aumentar a eficiência operacional, a produtividade e a rentabilidade.

Nos Estados Unidos e na China, costuma-se dizer que toda empresa é uma empresa de tecnologia, independentemente do setor. Em nosso dia a dia, já não conseguimos fazer nada sem o apoio da tecnologia, como dirigir com o auxílio do Waze ou Google Maps. As novas gerações não distinguem o online do físico.

Até quando você vai esperar para redesenhar seu varejo e sua proposta de valor para o cliente, aproveitando as inúmeras soluções tecnológicas de baixo custo disponíveis? — Fernando Moulin, partner da Sponsorb.

Espera-se que essa redesenho não ocorra em um momento de crise ou quando o cliente já tiver abandonado sua loja. Quando a experiência é positiva, o cliente satisfeito não esquece.

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