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IA generativa revoluciona gestão no varejo, aponta especialista

IA generativa revoluciona gestão no varejo, aponta especialista

A IA generativa já não é apenas uma promessa no varejo. De acordo com Rodrigo Murta, CEO da Looqbox, ela está alterando a forma de tomar decisões, transformando dados em linguagem natural e respostas acionáveis, o que encurta o tempo entre o diagnóstico e a execução, além de permitir decisões em tempo real. Um levantamento da Google Cloud feito em 2024 revela que 81% dos tomadores de decisão no varejo sentem urgência em adotar a IA generativa, e 72% se dizem prontos para implementá-la.

Do Guia 4 Rodas ao Waze: A evolução da gestão

Historicamente, o varejo dependeu da leitura humana de tendências. No entanto, a complexidade dos dados cresceu a ponto de tornar esse processo inviável manualmente. Atualmente, uma rede varejista lida com preços dinâmicos, campanhas, estoque e comportamento regionalizado ao minuto. A IA generativa atua justamente nesse ponto crítico, viabilizando a criação de agentes especializados que podem interpretar grandes volumes de dados e devolver respostas claras e contextualizadas.

Murta explica que a forma de fazer a gestão da linha de frente evoluiu. “No modelo antigo, que chamo de modelo Guia 4 Rodas, fornecíamos uma miríade de dashboards para a operação, e esperávamos o bom senso de cada gestor para traçar a rota do sucesso das suas vendas. Era melhor do que não ter informação, mas esse modelo tinha como pressuposto uma capacidade analítica além do esperado para a execução, e assim, poucos conseguiam tirar valor.”

Novo modelo de gestão com IA

Para o CEO da Looqbox, o modelo Waze funciona melhor para o cenário atual. “Usando IA para dar a direção mais detalhada de como chegar no destino de sucesso, e contando com a intervenção dos gestores quando alguma rota está bloqueada, inviabilizando o caminho apontado.”

Além disso, ele destaca a capacidade de interagir com os resultados. “No lugar de relatórios estáticos, o gestor passa a interagir com painéis conversacionais que respondem perguntas e justificam cenários, algo que o Looqbox observa entre grandes redes.”

Responsabilidade e futuro do varejo

Entretanto, Murta ressalta que a adoção dessa nova forma de gestão exige responsabilidade. “Transparência, governança e preparo das equipes garantem que a IA atue como copiloto estratégico, não como automação isolada. Voltamos ao modelo socrático, e à hermenêutica. Varejistas que aprendem a perguntar melhor passam a decidir melhor.”

Por fim, o especialista conclui que o varejo que dominar a IA generativa e os agentes na sua gestão não apenas reagirá mais rápido às mudanças, como as antecipará. “Estamos diante de uma nova lógica de planejamento e execução, em que a intuição humana e a precisão algorítmica se complementam. O futuro do varejo já não é apenas digital. É generativo, agentico, dinâmico e guiado por dados que finalmente falam a língua do negócio.”

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