A Black Friday é uma das datas mais aguardadas para compras online no Brasil. No entanto, junto com as promoções, crescem também as fraudes. Um relatório da Koin aponta que dois em cada três brasileiros já foram vítimas de golpes virtuais.
A Black Friday e o aumento das fraudes
Durante o período de promoções, criminosos aproveitam o aumento do tráfego nos sites e a pressa dos consumidores para aplicar golpes. Um levantamento do Mapa da Fraude 2025 identificou 2,8 milhões de tentativas de fraude no e-commerce, representando R$ 3 bilhões em perdas potenciais. O valor médio das transações fraudulentas chegou a R$ 1.072,33, com foco em produtos de alto valor, como celulares e eletrônicos.
Essa situação fez com que a data ganhasse o apelido de “Black Fraude”, devido a lojas que inflacionam os preços antes da campanha para oferecer falsos descontos. Atualmente, além das falsas promoções, golpes digitais sofisticados se espalham pelas redes e plataformas de busca, com sites e anúncios fraudulentos e QR Codes adulterados.
Golpes mais comuns na Black Friday
Sites falsos
A criação de sites falsos, com aparência similar à de grandes varejistas, é um dos golpes mais perigosos. Os criminosos usam endereços eletrônicos com pequenas variações para enganar os consumidores. A Branddi identificou mais de mil sites fraudulentos ativos às vésperas da Black Friday de 2024.
Para se proteger, digite manualmente o endereço da loja, verifique se há o cadeado de segurança (HTTPS) e confirme o CNPJ da empresa no site da Receita Federal.
Descontos falsos
Lojas aumentam o preço dos produtos dias antes da Black Friday e anunciam um grande desconto depois. Pesquisas de mercado indicam que cerca de 64% dos consumidores acreditam que as promoções da Black Friday são enganosas.
Para evitar essa armadilha, monitore os preços com antecedência usando comparadores como Zoom e Buscapé, e ative alertas de variação de valor.
Phishing
Mensagens falsas com ofertas “imperdíveis” são enviadas por e-mail, WhatsApp ou redes sociais, direcionando o usuário para sites que coletam dados bancários e senhas. A Kaspersky registrou 553 milhões de tentativas de phishing no Brasil em 12 meses, o que equivale a 1,5 milhão de ataques por dia.
Não clique em links de mensagens suspeitas, verifique sempre o domínio de origem e use autenticação em dois fatores e antivírus atualizado.
Golpes com Pix e boletos falsos
A popularização do Pix e dos boletos facilitou os pagamentos, mas também abriu brechas para fraudes. Durante a Black Friday, criminosos inserem chaves Pix falsas ou boletos clonados com dados adulterados. Uma pesquisa Datafolha de 2025 revelou que 24 milhões de brasileiros já foram vítimas de fraudes com Pix ou boletos, com perdas estimadas em R$ 29 bilhões.
Antes de pagar, verifique os dados do destinatário, confirme o CNPJ e, em boletos, cheque se os primeiros dígitos da linha digitável correspondem ao banco emissor.
Anúncios e perfis falsos nas redes sociais
Criminosos criam perfis que imitam grandes lojas e usam deepfakes com influenciadores e celebridades para dar credibilidade aos golpes. Analise o histórico do perfil, confira interações reais nos comentários e evite comprar por grupos fechados de ofertas.
O que fazer se for vítima de fraude
Mesmo os consumidores mais atentos podem ser vítimas de golpes. Nesses casos, é crucial agir rapidamente:
- Entre em contato com o banco e interrompa a transação, se o golpe for via Pix, use o Mecanismo Especial de Devolução (MED).
- Registre um boletim de ocorrência e reúna provas como prints e mensagens.
- Notifique o Procon e o consumidor.gov.br para tentar resolver o problema junto à empresa.
- Troque suas senhas, ative autenticação em dois fatores e monitore movimentações suspeitas.
Para mais informações sobre as lojas monitoradas pela ‘Black Friday de Verdade’, acesse: https://blackfridaydeverdade.com.br/compromisso/lojas
A Black Friday exige atenção redobrada para evitar fraudes e golpes. Seguindo essas dicas, os consumidores podem aproveitar as ofertas com mais segurança.
— Alex Tabor, CEO da Tuna Pagamentos
