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COP 30: Brasil no centro da transição energética global, diz especialista

COP 30: Brasil no centro da transição energética global, diz especialista

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém coloca o Brasil no centro da transição energética global. O mundo espera que o país demonstre como uma economia emergente pode se desenvolver com uma matriz limpa e competitiva.

Brasil: liderança na transição energética

Para transformar essa expectativa em realidade, é fundamental fortalecer a infraestrutura, a regulamentação e a capacidade de inovação do setor elétrico. Atualmente, cerca de 90% da eletricidade consumida no Brasil provém de fontes limpas, superando a média global de 40%. Os dados fazem parte de um documento com recomendações estratégicas para o fortalecimento da matriz elétrica brasileira, apresentado pela Coalizão do Setor Elétrico, articulado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

O material, que teve o apoio de diversas associações do setor e a participação de mais de 70 entidades, sugere ações práticas para assegurar que o país mantenha uma alta porcentagem de energia renovável, reduzindo emissões de CO² e promovendo o progresso industrial.

Modernização e inovação no setor elétrico

Entre as principais demandas apresentadas no documento, destacam-se a modernização regulatória, a eliminação de subsídios ineficientes, o planejamento coordenado da expansão da infraestrutura elétrica e o incentivo à inovação tecnológica. Essa agenda demonstra a importância do setor elétrico como líder na transição energética e a capacidade do Brasil de liderar a nova economia de baixo carbono.

O setor elétrico será o motor da descarbonização da economia, viabilizando a eletrificação de transportes, a indústria verde e o avanço das cidades inteligentes. No entanto, é crucial distinguir entre uma matriz limpa e um sistema seguro.

Desafios e oportunidades para o Brasil

O Brasil precisa lidar com a crescente complexidade da operação do sistema, equilibrando fontes intermitentes como solar e eólica com a geração firme de hidrelétricas e térmicas de baixo carbono. A expansão das energias renováveis deve ser acompanhada de investimentos robustos em transmissão, digitalização e armazenamento.

Nos próximos anos, a estabilidade do setor dependerá da forma como enfrentaremos questões estruturais, como a atualização do marco regulatório, a previsibilidade dos leilões, o aprimoramento da precificação da energia e a integração tecnológica das redes.

Regulamentação e investimentos de longo prazo

A falta de uma regulamentação clara impede a atração de investimentos de longo prazo, especialmente em iniciativas que necessitam de segurança jurídica e um retorno gradual. A COP30 representa uma oportunidade para o Brasil demonstrar sua liderança não apenas na geração de energia limpa, mas também na governança climática.

Debater o fortalecimento do setor energético, com políticas que incentivem a fabricação local de equipamentos e a geração de empregos, renda e inovação, é fundamental. A COP30 destaca a importância do setor elétrico para o desenvolvimento da sustentabilidade, exigindo visão, ousadia e comprometimento a longo prazo.

Com a COP30, o Brasil vive um momento extremamente oportuno para ressaltar o quão o setor elétrico é indispensável para o desenvolvimento da sustentabilidade tão em pauta pelo momento. — Marcelo Mendes, gerente geral da KRJ Conexões

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