A COP30 (30ª Conferência das Partes), realizada em Belém do Pará, serviu como um laboratório para o futuro dos grandes eventos. As negociações e debates focaram em frear o aquecimento global e impulsionar práticas sustentáveis, e inspiraram a LGL Case a identificar tendências que podem transformar o setor de eventos.
Eventos mais sustentáveis a partir de 2026
Com a emergência climática influenciando decisões globais, a expectativa é que tendências como cenografia sustentável, redução de impactos ambientais, inclusão e valorização de conhecimentos e práticas locais se consolidem a partir de 2026. Esses movimentos têm potencial para redefinir padrões no Brasil, orientando um modelo de produção mais responsável e alinhado às expectativas de um público cada vez mais consciente.
A transição ecológica já está acontecendo e influencia diretamente o planejamento de encontros, feiras, ativações e convenções. A COP30, encontro global que acontece desde 1995, reuniu líderes de diversos países em Belém, com o objetivo de frear o aquecimento global, reduzir o uso de combustíveis fósseis, investir em energias limpas e zerar o desmatamento.
Com mais de 42 mil participantes e diversos pavilhões temáticos, a conferência se destacou como um centro de soluções inovadoras. A seguir, a LGL Case destaca cinco tendências que podem moldar o setor de eventos e impactar positivamente marcas e público:
1. Eventos carbono zero como requisito
A neutralização de emissões de carbono é crucial para eventos que visam contribuir com o meio ambiente. Este processo envolve mapear, reduzir e compensar os gases emitidos, minimizando o impacto ambiental. Medidas como uso racional de recursos, melhoria no transporte e manejo de resíduos são essenciais. Além disso, a compensação de emissões inevitáveis ocorre através de créditos de carbono certificados, que comprovam a redução ou remoção de gases poluentes da atmosfera por meio de projetos ambientais.
2. Cenografia reutilizável é o futuro
A cenografia é fundamental para eventos bem-sucedidos. Na COP30, destacaram-se soluções cenográficas reutilizáveis, redução de descartáveis, compostagem e uso de fornecedores locais. Modelos circulares reduzem impacto e custos sem comprometer a experiência.
Um exemplo é o Sports Summit São Paulo, produzido pela LGL Case, que alcançou 97% de materiais sustentáveis nos estandes, substituindo lonas impressas por tecidos ecológicos e priorizando soluções reaproveitáveis. Em parceria com o Grupo Primavera, os tecidos foram transformados em lençóis, almofadas e bonecas de pano, gerando renda e estendendo o ciclo de vida do material.
3. Tecnologia para eficiência e sustentabilidade
Sensores de fluxo, plataformas de gestão de energia, credenciamento digital e sistemas de monitoramento de impacto ambiental ganharam destaque. A tecnologia atua tanto na experiência do público quanto na operação sustentável do evento.
4. Curadoria diversa e conectada ao território
A COP30 evidenciou a importância da diversidade na escolha de palestrantes e conteúdos, incluindo representantes da Amazônia, moradores locais e jovens. Essa abordagem torna a relação mais real e próxima da vida na região, garantindo credibilidade e melhor conexão com o público.
5. Brasil como sede de eventos sustentáveis
O legado da COP30, com investimentos em infraestrutura, turismo e espaços de convenções, fortalece o Brasil como destino estratégico para eventos globais. Esse movimento deve estimular empresas a priorizarem locais alinhados à agenda ESG.
Nesse contexto, Gustavo Costa, CEO da LGL Case, ressalta:
Organizações que se adaptarem rapidamente às práticas discutidas na COP30 terão vantagem competitiva, seja pela redução de custos operacionais, pelo atendimento a exigências de grandes marcas e investidores, ou pela capacidade de entregar experiências alinhadas às expectativas de um público e de um mercado cada vez mais orientados por responsabilidade socioambiental.
— Gustavo Costa, CEO da LGL Case
A COP30 reforça que a sustentabilidade é uma diretriz operacional. Empresas que se adaptarem a essas práticas terão vantagem no setor de eventos.






