A Bossa Invest acaba de marcar um novo capítulo no mercado de venture capital brasileiro ao se tornar a primeira empresa do país a investir em uma startup do setor aeroespacial. Esse aporte representa a entrada definitiva do capital de risco em áreas de alta complexidade tecnológica, alinhando o Brasil com as tendências internacionais que transformam o espaço em um motor de inovação e competitividade.
Brasil se destaca no mercado espacial
O mercado espacial mundial tem demonstrado um crescimento notável, com projeções de alcançar US$ 1 trilhão até 2030. Na América Latina, o Brasil se destaca com um mercado de observação da Terra por satélite que movimentou cerca de US$ 210 milhões em 2024 e deve crescer a uma taxa anual superior a 7% até 2029. Essa expansão atrai startups e investidores interessados em transformar ciência espacial em negócios de alto impacto.
Além disso, esse movimento acompanha um fenômeno global que combina inovação, sustentabilidade e dados geoespaciais como propulsores de crescimento econômico e tecnológico.
Aporte na Safe On Orbit
A Safe On Orbit, startup que simboliza essa nova fase da Bossa Invest, receberá o aporte. A empresa se destaca por suas soluções de monitoramento orbital. De acordo com Paulo Tomazela, CEO da Bossa Invest, a operação reflete a visão de longo prazo da gestora e sua capacidade de identificar negócios transformadores.
Queremos apoiar empreendedores que estão abrindo caminhos em setores de fronteira, como o espacial, onde o Brasil ainda tem muito potencial inexplorado. Investir nesse segmento é acreditar em tecnologia, autonomia e geração de valor global.
— Paulo Tomazela, CEO da Bossa Invest
Com a entrada da Bossa Invest, o Brasil se aproxima das tendências internacionais e se insere em uma corrida estratégica por inovação de alto valor agregado. A aposta no setor aeroespacial representa não apenas diversificação de portfólio, mas também um movimento de soberania tecnológica, com potencial de atrair novos capitais e impulsionar a cadeia de fornecedores nacionais.
Próximos passos para o setor aeroespacial
A entrada do venture capital brasileiro no setor espacial sinaliza um amadurecimento do ambiente de investimentos em tecnologia de ponta e reforça o papel do país como polo emergente em deep techs. Com essa operação, o Brasil passa a integrar o grupo de nações que conectam capital privado e desenvolvimento aeroespacial, abrindo caminho para novas oportunidades em satélites, sensoriamento remoto, telecomunicações e defesa.
Além disso, Luis Fellipe Alves, CEO e Fundador da Safe On Orbit, ressalta a importância do investimento privado para o setor.
A chegada do capital de risco ao setor espacial marca uma virada de chave para todo o ecossistema. O investimento privado acelera a inovação, aproxima ciência e mercado e cria condições para que o Brasil desenvolva tecnologias com aplicação global.
— Luis Fellipe Alves, CEO e Fundador da Safe On Orbit






