O romance ‘O Olho de Gibraltar’, de Sergio P. Rossoni, transporta o leitor para os tensos meses que antecederam a Primeira Guerra Mundial. A obra ficcionaliza um complexo cenário geopolítico que afetava não apenas políticos, mas também pessoas comuns.
Um olhar sobre o cotidiano em tempos de guerra
Com foco nas consequências dos conflitos no dia a dia, o autor narra a história de um ex-combatente britânico envolvido em intrigas internacionais ao testemunhar o assassinato de um agente egípcio. Este agente carregava uma substância química desconhecida. Assim, o protagonista, conhecido como O Olho de Gibraltar, se vê no centro de uma perigosa rede de conspirações.
Nesse sentido, a trama se desenrola com o protagonista confrontando personagens complexos, como Namira Dhue Baysan, Umar Yasin e Klotz Von Rosenstock. Cada um deles esconde segredos que testam a lealdade do protagonista e incentivam o leitor a desconfiar de todos.
Romance em meio ao caos
Além disso, a obra intercala cenas de introspecção e romance com os conflitos da guerra. Benjamin e Namira vivem um intenso romance enquanto enfrentam batalhas aéreas, perseguições no deserto e reuniões secretas. Os personagens buscam vínculos em um mundo ameaçado pela guerra iminente.
Um simples atraso, quando temos um espião em algum lugar deste maldito deserto levando para os seus aliados uma amostra do nosso segredo, pode botar tudo a perder. E pelo que sei, isso foi um erro do seu lado, Jafar. — Sergio P. Rossoni, em ‘O Olho de Gibraltar’
Precisão histórica e personagens fictícios
Formado em História, Sergio P. Rossoni constrói a trama com personagens fictícios impactados por eventos reais do início do século XX. A narrativa detalha a colonização no Norte da África, as crises no Marrocos e nos Bálcãs, as rotas comerciais e figuras históricas como Hupert Lyautey.
Em suas palavras, o autor explica:
Estudar este período e as consequências das decisões políticas dos grandes líderes, que acabaram culminando no maior conflito da nossa história, foi uma tarefa grandiosa. A minha intenção, porém, não foi a de escrever um romance histórico preciso dos eventos que marcaram a humanidade, mas, sim, contar uma história fictícia de aventura, romance e espionagem que pudesse passar ao leitor o espírito, o clima e os sentimentos deste período tão conturbado. — Sergio P. Rossoni, escritor






