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Capacitação blended: estudo da Qulture Rocks revela tendências

Capacitação blended: estudo da Qulture Rocks revela tendências

A Qulture.Rocks, empresa de gestão de desempenho e parte do ecossistema UOL EdTech, divulgou o “Report Tendências em Educação, Desenvolvimento e Performance”. O estudo inédito analisa as forças que estão transformando o trabalho, a aprendizagem e a performance nas organizações brasileiras.

O levantamento, que ouviu 1.160 profissionais de 11 segmentos econômicos em diversas regiões do país, abrange desde grandes companhias até organizações de médio porte. A pesquisa buscou compreender as tendências que ganharão força a partir de 2026 e como esses movimentos globais se adaptam ao contexto brasileiro. Sete pilares foram identificados: Cultura de Aprendizagem, Inteligência Integrada, Liderança Pivotante, Prontidão Proativa, Guildas do Saber, Dados de Aprendizagem e Saúde Sistêmica.

Cultura de Aprendizagem e Performance

O relatório indica que, nas empresas brasileiras, o aprendizado está fortemente ligado à performance imediata, e não à evolução de carreira ou sucessão. O aprimoramento de competências foi citado por 20,8% dos respondentes como o principal impacto percebido, seguido por aumento de produtividade (15,3%), formação de lideranças (14,4%), melhoria da inovação (14%) e engajamento e satisfação das equipes (13,9%).

No entanto, a retenção de talentos surge com apenas 7,2%, um percentual considerado baixo. Para Rodrigo de Godoy, consultor em EdTech e Inovação, os resultados revelam uma visão limitada sobre o papel estratégico da aprendizagem:

Parte das organizações continua entendendo cultura de aprendizado como algo que acontece em momentos específicos, como cursos ou jornadas formais. Na prática, a aprendizagem que realmente sustenta performance e evolução acontece no fluxo do trabalho, na experimentação, na colaboração. Criar uma cultura de aprendizagem é transformar o aprender em hábito, e isso depende diretamente da liderança. — Rodrigo de Godoy, consultor em EdTech e Inovação

Além disso, o estudo reforça que a liderança, especialmente a estratégica, ocupa um lugar central nesse processo. Entre os entrevistados, 88% dos executivos C-level afirmam que oferecer acesso à aprendizagem e ao desenvolvimento é fundamental para que a estratégia de negócios se concretize.

Se a cultura de aprendizado não for tratada como um pilar da cultura organizacional, com investimento, prioridade e presença na mesa onde as decisões são tomadas, ela não se espalha. Não permeia a empresa. Fica restrita a iniciativas isoladas, sem força para transformar performance e comportamento. — Maiti Junqueira, Diretora de Solução de Desenvolvimento e Educação da Qulture.Rocks

Inteligência Artificial e o Futuro do Trabalho

Outro ponto importante do relatório é a adoção de Inteligência Artificial no ambiente de trabalho. Atualmente, 69,3% dos profissionais atuam em empresas que já utilizam IA em alguma frente. Apesar disso, 30,7% afirmam que suas organizações ainda não adotam a tecnologia. Entre os profissionais que têm acesso às ferramentas corporativas de IA, 46,2% dizem utilizá-las com frequência, diariamente ou de forma regular.

A percepção positiva sobre impacto e produtividade também se destaca. Entre as organizações que utilizam agentes de IA, 72% reportam aumento de eficiência, e líderes afirmam economizar mais de uma hora por dia graças à automação de tarefas repetitivas e ao apoio da tecnologia na tomada de decisão.

Atenção ao uso da IA

Para ampliar esses resultados, o estudo destaca a necessidade de investir continuamente em letramento digital, revisar processos de trabalho para integrar humanos e tecnologia e fortalecer uma cultura que estimule experimentação, criticidade e colaboração. Rodrigo de Godoy alerta sobre a adoção acelerada da IA:

O uso acrítico da tecnologia pode reduzir a capacidade analítica e empobrecer o processo de aprendizado. É o que chamamos de ‘sedentarismo cognitivo’. A adoção precisa vir acompanhada de criticidade para que a IA gere valor sem comprometer habilidades humanas essenciais. — Rodrigo de Godoy, consultor em EdTech e Inovação

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