O Brasil se destaca como um dos maiores polos de relacionamentos sugar no mundo, e o tema voltou à tona no debate nacional. Em meio a curiosidade, julgamentos e desinformação, o MeuPatrocínio, plataforma do nicho na América Latina, busca esclarecer o fenômeno, destacando que ele vai além do luxo, focando em transparência, autonomia e acordos afetivos modernos.
O que é ser uma Sugar Baby?
Para separar a realidade da ficção, Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos e porta-voz do MeuPatrocínio.com, responde às principais dúvidas sobre amor, segurança, monogamia e preconceito.
Afinal, quem são as Sugar Babies e os Sugar Daddies? Segundo Caio Bittencourt, a dinâmica é diferente dos estereótipos: “No estilo de vida sugar, existe a procura por uma mentalidade vencedora, reciprocidade e generosidade. Não basta ter dinheiro, tem que ser genuinamente um gentleman”.
Nesse cenário, os Sugar Daddies são homens bem-sucedidos, emocionalmente estáveis e maduros, que valorizam o tempo e buscam relações objetivas, leves e sem jogos afetivos. Já as Sugar Babies são mulheres que buscam equilíbrio e segurança em um homem provedor, seja no âmbito pessoal, emocional ou profissional.
Autonomia feminina e quebra de estigmas
Essa perspectiva se conecta à autonomia feminina e à quebra de estigmas. As Sugar Babies, segundo dados da plataforma, são majoritariamente mulheres entre 20 e 33 anos, profissionais, estudantes, empreendedoras e mulheres em transição de vida que buscam relações mais claras e compatíveis com seus objetivos. Caio rebate a visão pejorativa: “A maioria das sugar babies trabalha, estuda, empreende e tem um objetivo de vida claro”.
Para o especialista, o modelo sugar evidencia uma mudança geracional profunda: mulheres estão renegociando seus termos afetivos com consciência, autonomia e liberdade, sem se prender a modelos tradicionais. Trata-se menos de estereótipos e mais de protagonismo.
O curioso é que esse modelo romântico sempre existiu. Antropologicamente falando, mulheres procuram parceiros que ofereçam segurança emocional, financeira ou na vida como um todo.
— Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos
O que muda no sugar é que aquilo que antes era implícito agora se torna explícito, acordado, conversado e negociado. E é justamente essa mudança que provoca incômodo social. Para o especialista, o desconforto está no novo papel feminino dentro dele: “O que incomoda muita gente não é o sugar em si, é o fato de que, pela primeira vez, as mulheres estão negociando seus termos em voz alta e com protagonismo”.
Sugar não é prostituição, entenda por quê
A associação entre sugar dating e prostituição é um dos mitos mais comuns. No entanto, segundo Caio Bittencourt, essa confusão existe por falta de compreensão sobre o modelo. Ele explica: “Prostituição é uma transação financeira, sexo por dinheiro. Sugar dating é um relacionamento amoroso, um estilo de vida baseado em maturidade emocional, financeira e generosidade”.
Além disso, Caio reforça que não há qualquer obrigatoriedade sexual nas relações sugar. Tudo acontece apenas se houver vontade mútua, como em qualquer namoro tradicional: “No mundo sugar não existe obrigação sexual. Se o sexo acontecer, é por vontade de ambos, como em qualquer relacionamento saudável”.
O glamour pode até chamar atenção nas redes, mas não é o que define o estilo de vida sugar. Para Caio Bittencourt, o impacto real está no que não aparece nos stories: “A parte que não vira story é justamente a mais relevante: cursos pagos que impulsionam carreiras, expansão de networking, mudança de rota profissional”.
Ele resume: “O sugar não é só sobre luxo, é mais sobre possibilidades e evolução na vida”. Nesse cenário, o MeuPatrocínio cumpre um papel direto ao conectar pessoas com intenções compatíveis. Como afirma o especialista: “Enquanto outros apps entregam quantidade, nós entregamos um modelo de relacionamento com mais chances de dar certo”.
Para Caio, esse movimento já se consolidou como um novo modelo afetivo: “O MeuPatrocínio se encaixa para quem não tem tempo a perder e devolve algo raro no cenário atual: relações com objetivos alinhados”.
Por que o Brasil virou polo mundial de relacionamentos sugar?
O MeuPatrocínio identifica três fatores que impulsionam esse crescimento:
- Mudança cultural: maior abertura para modelos afetivos não tradicionais.
- Ascensão econômica e redes sociais: que normalizam estilos de vida luxuosos.
- Transparência afetiva: geração Z e millennials rejeitam relações ambíguas e preferem relacionamentos mais transparentes.
Com 18 milhões de usuários, o país se tornou referência global na modernização dos vínculos afetivos e na busca por relações sugar, longe de tabus.






