A adoção de robotaxis, ou táxis-robôs, tem crescido na América do Norte, Europa e Ásia. Empresas como Waymo e Tesla estão expandindo suas frotas e desenvolvendo veículos focados no transporte de passageiros. Além disso, a Uber Technologies planeja implantar táxis-robôs em sua plataforma, começando pela Europa, em parceria com a Beijing Momenta Technology.
Avanços da Inteligência Artificial impulsionam os robotaxis
A disseminação dos veículos sem condutores foi impulsionada pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA). A IA é capaz de analisar e processar informações de sensores como lidar, radares, câmeras e receptores de áudio, que funcionam como os sentidos de um motorista humano. A Waymo, pioneira dos táxis-robôs, utiliza esses dados para uma navegação que identifica outros veículos, ciclistas, pedestres, semáforos e sinais de trânsito.
IA lida com cenários complexos no trânsito
A IA consegue lidar com a complexidade do trânsito em grandes cidades, incluindo comportamentos inesperados de motoristas e pedestres, a presença de animais na via e até mudanças climáticas. A tecnologia também avalia a forma mais segura de realizar conversões e ingressar em faixas, recalculando rotas se necessário.
Outro benefício da IA é a capacidade de compartilhar informações entre os veículos da frota. As experiências e o conhecimento sobre o comportamento de motoristas e pedestres são compartilhados, permitindo um aprendizado constante e a identificação de novas obras ou desvios nas vias.
Segurança é prioridade no desenvolvimento de robotaxis
Antes de transportar passageiros, os veículos da Waymo percorreram milhões de quilômetros em testes, em vias previamente mapeadas. A segurança no transporte é o foco principal no desenvolvimento dos sistemas e da IA. Uma pesquisa da seguradora Swiss Re indicou que os veículos autônomos da empresa são mais seguros do que os conduzidos por humanos, com uma redução significativa nas reivindicações de responsabilidade civil em casos de acidentes.
É fundamental que legisladores, empresas e cidadãos compreendam como os robotaxis funcionam antes de sua implementação no país. A prioridade não é a velocidade, mas a segurança de passageiros, motoristas e pedestres.
Desafios e regulamentação no Brasil
No Brasil, o Projeto de Lei (PL) 1.317 de 2023 e o PL 3.641 de 2023 abordam a circulação, operação e uso de veículos autônomos no território nacional. Eles ressaltam a importância de testes para avaliar o funcionamento dos sistemas na realidade do país e a criação de um cadastro nacional de acidentes com veículos autônomos, seguindo exemplos de iniciativas similares nos EUA.
O Brasil pode avançar mais lentamente na implantação dos robotaxis em comparação com outros mercados. No entanto, é crucial que empresas e reguladores priorizem a segurança e os benefícios da mobilidade para a população. Além do conhecimento das vias e leis, a capacidade da IA de analisar o comportamento no trânsito deve ser utilizada para definir as rotas e ações mais seguras.
É importante que, além de conhecer as vias e as leis, a capacidade da IA de analisar o comportamento dos condutores humanos e pedestres seja usada para definir as rotas e as ações mais seguras no trânsito.
— Stela Kos, Diretora de Mobilidade Regional da América do Sul e México na TÜV Rheinland
TÜV Rheinland: 150 anos tornando o mundo mais seguro
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