O homem do pau-brasil
Sinopse
“Eu me interesso de um tempo para cá em coisas que aparentemente não dão filme. É uma provocação que a gente se faz para cair num terreno cheio de obstáculos, mas divertido e mais criativo” – disse Joaquim Pedro no lançamento desse filme em que dois atores, um homem e uma mulher, Flávio Galvão e Ítala Nandi, representam Oswald de Andrade – “não a figura dele, mas o que emanava da figura dele”, acentua o diretor. Dois atores, os dois todo o tempo em cena, como se o protagonista tivesse duas imagens paralelas. Dois atores para um personagem só e um conjunto de cenas mais ou menos independentes entre si. A rigor não existe uma história, mas um conjunto de ações soltas em torno da vida intelectual depois da Semana de Arte Moderna de 1922. Cenas soltas e desequilibradas, que se encontram num idêntico tom de irreverência e descontinuidade que, para Joaquim, tem muito a ver com o modo de escrever de Oswald, “um articulista muito engraçadamente polêmico, desvairadamente polêmico. De repente é como se fosse uma saraivada de flechas para todos os lados. Ele é uma metralhadora giratória, como o Glauber”. nnSessão seguida de debate sobre o ensaio de Paulo Paranagua, A invenção do cinema brasileiro: Modernismo em três tempos. nCom a presença de Paulo Paranagua, Eduardo Escorel e José Carlos Avellar
Direção
Joaquim Pedro de Andrade
