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IA: Futuro da economia ou ameaça ao emprego? A visão da A&EIGHT

A corrida global pela inteligência artificial (IA) se intensifica, assemelhando-se a uma corrida armamentista. Governos a tratam como prioridade estratégica, reconhecendo o poder político, econômico e social que o domínio dessa tecnologia pode trazer. Elon Musk já alertava sobre isso, e o FMI estima que 40% dos empregos serão impactados ou transformados pela IA.

O Dilema da Inteligência Artificial: Otimização ou Transformação?

No entanto, muitos empresários adotam uma visão limitada, utilizando a IA apenas para cortar custos e substituir mão de obra. Essa estratégia, segundo Renato Avelar, sócio e co-CEO da A&EIGHT, pode ser um tiro no pé. O especialista alerta para o risco de desemprego em massa, colapso no consumo e a necessidade de uma renda básica universal financiada por impostos sobre as empresas.

Usar a inteligência artificial apenas como ferramenta de corte de custos é cavar a própria cova e gerar um colapso financeiro e social ainda mais rápido.

— Renato Avelar, sócio e co-CEO da A&EIGHT

A Visão Estratégica da Inteligência Artificial

Em vez de reduzir a IA a uma simples planilha de corte de custos, Avelar defende que as empresas devem enxergá-la como um passe para o futuro, uma vantagem competitiva decisiva na nova economia. Ele ressalta que pessoas capacitadas para trabalhar com a tecnologia podem gerar muito mais resultados em menos tempo.

Além disso, Avelar exemplifica como um CRM com IA pode potencializar vendedores, e como a IA na educação pode otimizar o aprendizado. A chave, segundo ele, está em usar a tecnologia para empoderar e transformar, em vez de apenas cortar empregos.

Empoderamento, não Eliminação

Empresários que visam apenas a redução de custos correm o risco de serem engolidos pelo mercado. A destruição de empregos sem reposição de valor pode forçar governos a taxar ainda mais as empresas para financiar programas sociais.

IA como investimento no futuro

Por fim, Avelar propõe uma mudança de mentalidade: em vez de otimizar processos, as empresas devem usar a IA para transformá-los. Ele faz uma analogia com o futebol americano, onde o quarterback lança a bola para onde o receptor estará, e não onde ele está no momento. A IA, portanto, é um investimento no futuro, e não uma solução para o presente.

A IA é esse passe para o futuro. Quem joga apenas para o presente, jogando na defesa e cortando custos, vai perder o jogo. Quem projeta a jogada não olhando o presente, mas construindo o futuro da nova economia que já está em movimento, abre uma vantagem que ninguém mais alcança.

— Renato Avelar, sócio e co-CEO da A&EIGHT

*Renato Avelar é sócio e co-CEO da A&EIGHT, um ecossistema de soluções digitais end-to-end de alta performance.

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